Resumen: Devido à descoberta pela Petrobras de novos campos de petróleos, muitos dos quais mais pesados do que os óleos atualmente produzidos, e à grande probabilidade de acontecerem misturas de petróleos com características muito diferentes, a possibilidade de ocorrência de incompatibilidade entre eles tende a aumentar, com a precipitação de asfaltenos e a conseqüente geração de borras nos tanques, e surgimento de problemas no tratamento primário dos óleos e incrustações nas refinarias.
Sabe-se que petróleos e derivados de petróleos contendo asfaltenos têm a tendência de depositar sólidos orgânicos, chamados incrustações, e de coquear em equipamentos de processo de refinarias que entram em contato com o óleo. Tais equipamentos incluem mas não estão limitados a linhas, tanques, trocadores de calor, tubos de fornalha, fracionadores e reatores. Mesmo pequenas quantidades de incrustações ou coque resultam em grande perda de energia devido à menor transferência de calor através da incrustação e do coque se comparados com a parede metálica. Quantidades moderadas de incrustação e coque causam elevadas quedas de pressão, interferem e fazem o equipamento operar de forma ineficiente. Por fim grandes quantidades de incrustações ou coque podem entupir o equipamento obstruindo o fluxo ou até mesmo tornando a operação impraticável, exigindo a parada do equipamento e a limpeza das incrustações e do coque.
Sabe-se também que derivados de petróleos contendo asfaltenos que sofreram reações a temperaturas acima de 350°C têm tendência de incrustar rapidamente no equipamento de processo, por resfriamento ou por mistura com um óleo mais parafínico.
A simples mistura de dois ou mais petróleos não processados pode causar a precipitação de asfaltenos insolúveis que podem incrustar rapidamente no equipamento de processo, ou quando tais misturas são rapidamente aquecidas acima de 350°C os asfaltenos insolúveis podem coquear nos tubos da fornalha do destilador. Se a mistura de óleos causar a precipitação de asfaltenos, os óleos são chamados incompatíveis, em oposição aos óleos compatíveis, que não precipitam asfaltenos após a mistura. Misturas de óleos incompatíveis têm uma tendência muito maior de incrustar e coquear do que óleos compatíveis (2).
A previsão de compatibilidade de misturas de petróleos na Petrobras tem sido feita por um método adaptado, criado originalmente para óleos combustíveis (determinação de BMCI-TE). Este método, porém, apresenta dificuldade para a medição de valores de TE (tolueno equivalente) em petróleos com baixo teor de asfaltenos, uma vez que a detecção da sua precipitação é visual.
Com o intuito de avaliar qual o método mais adequado para a previsão da compatibilidade nos petróleos nacionais, estão previstas a medição dos parâmetros de estabilidade escolhidos e de propriedades consideradas pertinentes nos petróleos. Adicionalmente será feito um estudo sobre a termodinâmica de precipitação dos asfaltenos nos diferentes petróleos, que pode auxiliar no entendimento do comportamento de precipitação e na interpretação dos resultados encontrados nos testes de misturas.
Fecha de início: 01/03/2010
Plazo (meses): 24
Participantes:
Rol | Nombre |
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Coordinator * | MARIA DE FATIMA PEREIRA DOS SANTOS |