Resumen: Quando um campo elétrico é aplicado a uma emulsão água-óleo, as gotículas de água se polarizam, principalmente pela migração dos sais dissolvidos para a superfície das mesmas. Essa polarização provoca a distorção das gotículas para a forma elíptica. As partículas positivas migram para o extremo da elipse mais próximo do eletrodo negativo do campo elétrico e, as partículas negativas migram para o extremo oposto. Este fato caracteriza a criação de um dipolo induzido, onde a densidade de carga varia, assumindo valor máximo nos pólos e, por conseqüência, mínimo na linha neutra (no centro).
Quando várias gotas vizinhas estão submetidas ao campo elétrico e, portanto, alinhadas na direção do mesmo, os pólos de sinais contrários, que ficam de frente um para o outro, criam uma força de atração induzida entre as gotas, que pode provocar a coalescência. As partículas presentes neste meio quando atraídas pelos eletrodos, se acumulam em sua superfície, elas podem ali coalescer e posteriormente decantar. Neste caso, ocorre a aglomeração por eletroforese, que é mais predominante, quando o campo é de corrente contínua.
Em campo de corrente alternada, o mecanismo de coalescência predominante é do tipo dipolo induzido. Devida a alternância do campo elétrico em cada ponto de espaço entre eletrodos, as gotas sofrem distorções periódicas em sua geometria, provocadas pelo total deslocamento das partículas, carregadas eletricamente, para extremos opostos. Estas distorções na geometria das gotículas agem como vibrações longitudinais, que enfraquecem as películas dos emulsificantes naturais, facilitando a coalisão entre as gotículas vizinhas promovendo o coalescimento.
As emulsões estáveis de água em óleo cru geradas durante a produção de petróleos podem causar diversos problemas, entre os quais, a dificuldade no tratamento primário de petróleos. Os tratadores eletrostáticos são ainda os equipamentos mais largamente adotados para a desemulsificação de óleo pesado. Sob as condições de desemulsificação eletrostática, a alta viscosidade e a pequena diferença de densidade entre a fase aquosa dispersa e a fase oleosa contínua são os desafios tecnológicos mais importantes. Diversos autores consideram que o principal efeito de um campo elétrico é facilitar os contatos das gotas induzidas pela atração dipolar. Os componentes polares pesados tais como asfaltenos formam um filme rígido na interface óleo/água que limita o fenômeno da coalescência. Em alguns casos as gotas de água não coalescem, mas formam um filme estável que induz o curto-circuito e limita a eficiência eletrostática do tratador.
Diante do exposto, torna-se evidente a necessidade de estudos visando a compreensão dos efeitos envolvidos entre a composição do petróleo e seus derivados com a determinação da condutividade elétrica frente ao campo elétrico. Tais estudos devem ser conduzidos de modo a evidenciar a influência de fatores que induz o curto-circuito do tratador eletrostático.
Desta forma, a proposta deste projeto é apresentar um estudo experimental, com foco na condutividade elétrica de petróleos.
Fecha de início: 01/06/2010
Plazo (meses): 24
Participantes:
Rol | Nombre |
---|---|
Coordinator * | MARIA DE FATIMA PEREIRA DOS SANTOS |
Student Master * | MARISTELA DE ARAUJO VICENTE |