Resumen: O processamento primário do petróleo, normalmente realizado no próprio campo produtor tem como finalidade a separação das três fases: óleo, água e gás. A etapa de separação da água é certamente a mais complexa e importante do processo, já que sua presença contribui para a ocorrência de corrosão, formação de hidratos e aumento da viscosidade podendo dificultar o escoamento, entre outros. A água presente no óleo pode estar sob a forma livre ou emulsionada com o óleo. A água emulsionada pode representar teores de até 60% da água total, devendo ser separada em separadores de produção e tratadores de óleo, de modo a atingir valores inferiores a 1%, porcentagem máxima aceita pelas refinarias. A estabilidade das emulsões de água em petróleo tem se configurado como um dos maiores problemas na separação primária do petróleo (Sjöblom et al., 2003).
A quebra destas emulsões é uma etapa complexa e geralmente requer a utilização de tratamentos físicos (gravitacionais, térmicos e/ou eletrostáticos) e químicos. A compreensão dos mecanismos de desemulsificação do petróleo apresenta um grau de dificuldade elevado devido a diversos fatores, entre eles: a complexa composição dos emulsificantes naturais, a atuação de mecanismos de estabilização pouco conhecidos e a forte influência das condições experimentais (teor em água, composição da fase aquosa, distribuição do tamanho de gotas, temperatura, pressão do sistema, idade da emulsão, etc.) na estabilidade das emulsões (Sjöblom et al., 2003). Esta etapa permanece como um desafio para a indústria, sobretudo quando se considera o tratamento de petróleos pesados e ultra-pesados, cuja produção tem sido crescente no cenário nacional.
Neste sentido, o desenvolvimento de novas tecnologias e o aperfeiçoamento das técnicas existentes são de grande relevância para garantir o processamento destes petróleos com vistas a ganhos de produtividade. Uma tecnologia recente e que tem demonstrado ser promissora no tratamento de emulsões de petróleo baseia-se na aplicação de ultrassom. A teoria demonstra que o uso de mecanismos ultrassônicos podem realmente ter o potencial de melhorar significativamente a separação, usando dois fenômenos: (i) concentrando gotículas da fase dispersa em certos pontos ao longo de uma onda estacionária, aumentando a probabilidade de coalescência, e (ii) causando ressonância das gotículas, enfraquecendo as forças de superfície repulsivas entre gotículas, também aumentando a probabilidade de coalescência. .Esta técnica é aplicável a correntes em que a fase contínua pode ser tanto o óleo como a água, podendo ser usada para desidratação de petróleo (crude dehydratation/de-watering) e aplicações para ajuste de TOG (deoiling) da água produzida.
Fecha de início: 01/08/2011
Plazo (meses): 24
Participantes:
Rol | Nombre |
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Coordinator * | MARIA DE FATIMA PEREIRA DOS SANTOS |
Researcher * | EDUARDO PERINI MUNIZ |
Student Master * | CRISTINA MARIA DOS SANTOS SAD |